ITIÚBA, TERRA ABENÇOADA SOB O MANTO E A PROTEÇÃO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Um evento que marcou profundamente o ano de 1980 foi a chegada das três primeiras Religiosas da Congregação das Irmãs de São José de Chambéry, formando uma Comunidade missionária, em Itiúba.
Essas Irmãs vieram com o apoio do então Pároco Padre José
Jonette, a pedido do inesquecível Bispo da Diocese de Bonfim, D. Jairo Rui
Matos da Silva. A chegada das Irmãs se deu no dia 04/05/1980, precisamente.
Dias depois, durante uma solene celebração, presidida pelo Bispo Diocesano,
diante de uma grande multidão dos paroquianos da cidade e também da zona rural,
nós, Irmãs chegantes, fomos apresentadas como missionárias à grande assembleia
pelo Sr. Bispo. Inicialmente nossa tarefa consistia em catequese, cursos de
pais e padrinhos, curso de noivos, visitas às comunidades da roça e da cidade
com o objetivo de Evangelizar, formando “Comunidades de Base – Cebs.” Fomos
acolhidas por essa numerosa população com carinho, fé e esperança.
Também nós acolhemos a cada um com carinho e grande esperança, acreditando no trabalho e nas conquistas que, juntos, fortificados pelos Dons do Espírito Santo, iluminadas pela Luz de Deus e Guiados pela Padroeira Nossa Senhora da Conceição iríamos realizar. O Bispo D. Jairo, na sua Homilia, salientou o valor e o sentido da presença de Religiosas no meio do povo, cujas necessidades espirituais e materiais eram, na época, imensas. Após a cerimônia religiosa nos foi oferecida um lanche de confraternização, onde adultos, jovens e crianças manifestaram sua alegria em receber esta jovem comunidade de Irmãs, repleta de promessas de ajuda e de colaboração fraterna.
Pouco a pouco, fomos entrando no
trabalho que existia, já iniciado pelo zeloso Pároco, Padre José Jonette: formação
de Catequistas, tanto na cidade como na zona rural; visita às comunidades,
cuidado dos doentes, alimentando e reforçando o trabalho dos animadores das
Comunidades; dando acolhida aos pobres e necessitados, que, continuamente
batiam à nossa porta para solicitar socorro ou apenas para um desabafo, uma
escuta amiga e solidária. Diante da seca que flagelava a população,
acrescentado de certos problemas sociais como mortes prematuras de crianças por
falta de recursos... geralmente não se tinha uma resposta, ou melhor, uma
solução imediata... Com nossa presença e solidariedade indicávamos caminhos de
luta e de esperança. Periodicamente o Pároco Pe. José Jonette viajava para sua
terra natal. Durante sua ausência, as Irmãs eram autorizadas pelo Bispo Diocesano
para realizar as celebrações tanto na cidade como na zona rural tais como
Administrar o sacramento do Batismo e também participar como testemunha qualificada
no rito da União Matrimonial.
Semanalmente, aos sábados, dia da Feira em que o
pessoal da zona rural marcava presença na Igreja, participando da celebração,
reservava-se um espaço de tempo para, no salão paroquial, participar de uma
reunião de conscientização sobre a realidade e também formação de lideranças
seja para animadores de comunidade ou lideranças para os diversos movimentos de
organização.
Ir. Zilda Caetano de Almeida- Curitiba - PR